Com o avanço de tecnologias emergentes e da Inteligência Artificial, os ataques de deepfakes são cada vez mais sofisticados, podendo enganar qualquer pessoa. As deepfakes podem imitar voz e características faciais de qualquer pessoa, bastando ter uma fotografia ou um vídeo da pessoa em questão, que depois é utilizado pelos ciberatacantes para criar o conteúdo que desejarem. Uma das grandes consequências da evolução desta tecnologia é a desconfiança generalizada, que leva os utilizadores a duvidar de todos os conteúdos, até mesmo daqueles que são verídicos, criando um ambiente de incerteza e de desinformação.
As deepfakes podem ser utilizadas para criar cenários falsos que afetam diretamente a opinião pública sobre vários assuntos, no entanto este ano a tendência predominante tem sido a política.. Por exemplo, os ciberatacantes criam vídeos falsos que mostram um candidato político a prestar declarações ofensivas ou ilegais e que podem ser rapidamente divulgados nas redes sociais, influenciando negativamente a opinião pública e impactando significativamente os votos. Neste sentido, através da criação de vídeos ou áudios falsos, mas extremamente realistas, a deepfake tem a capacidade de influenciar profundamente os eleitores e desestabilizar o processo democrático.
A capacidade de criar realidades alternativas e de influenciar as perceções públicas de maneira tão eficaz exige uma resposta rápida e robusta. Assim, os governos, as organizações de TI e os cidadãos devem trabalhar juntos para desenvolver ferramentas de deteção, promover a alfabetização mediática e estabelecer leis que punam severamente a utilização maliciosa de deepfakes.
Como utilizadores e cidadãos, é essencial que estejamos atentos a esta tecnologia, percebendo de que forma podemos contorná-la e evitar que sejamos enganados em quaisquer circunstâncias. Deste modo, apresentamos algumas dicas para evitar ser enganado por deepfakes: